9 de junho de 2014

311 - JAMILA

311 por Maria Carvalho - - SEMANA 02

Jamila: nasceu em 1926, na cidade de NY. De tanto ouvir as histórias de seu pai, quando na marinha siciliana, sobre os bailarinos do norte da África, algo deve ter entrado uterinamente em Salimpour


Aos 16 anos se juntou ao Circo Ringling Brothers Barnum e Baily, com 19 se mudou para Los Angeles, onde se uniu a um grupo diversificado de imigrantes do Oriente Médio. Podemos imaginar que naquela época não havia professores de bellydance, o processo de aprendizado era empírico, ouvindo e lendo (o que fosse possível). 


Agora, nos ambientando na sociedade da ocasião o preconceito deveria ser palpável, portanto não havia muitos clubes para apresentação ou alunos para continuar o processo de aprendizagem e formação de novos bailarinos, eram grupos pequenos de mulheres, para quem Jamila repassava seus conceitos. 

20 anos mais tarde a coisa mudou de figura, ufa, e Jamila começa a se apresentar com mais liberdade em restaurantes e discotecas... Estamos falando dos idos de 1940 e tro-lo-lo. Em 1960 ela é recrutada para atuar em São Francisco, possuía metade de um clube noturno, onde passou a dançar em período integral.

Até que veio o casamento, em 1966, e a proibição do marido de que se apresentasse em sua casa noturna. 

Chega ser inacreditável que uma mulher com essa personalidade, que aos 16 anos decidiu se unir a uma trupe de circo se deixasse mandar, mas... logo logo ficou grávida de Suhaila, vendeu sua parte no clube, só que continuou dando aulas de dança para ajudar no orçamento familiar.

Então o marco, o ano de 1968 e o surgimento do BAL ANAT (esse evento mudou nossas vidas)! 

O período mais produtivo é considerado de 1966 à 1984. Se pensarmos que não havia um mundo conectado, como hoje conhecemos, estar antenado, atualizado com as "tendências" do Oriente Médio não era lá uma atividade que se possa chamar de fácil, mas Jamila estava totalmente focada no chamado que vinha da alma (assim imagino).

Para termos uma pequena noção de suas contribuições, Sra. Salimpour nos trouxe um legado com mais de 44 padrões no manejo dos snujs, método famoso e documentado, legado que Suhaila deu continuidade e ampliou.

Bem, a herdeira de Jamila seguiu seu caminho, muitos frutos estão sendo colhidos até hoje, muitas bailarinas se utilizam desses fundamentos e uma em especial se destaca, para o mundo tribalista, Masha Archer, que integrou o Bal Anat...mas isso é conversa para ser dissecada durante 312 dias.


Super xeros tribalizados.

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