5 de junho de 2014

315 - JAMILA

315 por Natália Espinosa  - SEMANA 01


Hoje falaremos um pouco sobre Jamila Salimpour, a primeira grande mãe do tribal!

Jamila Salimpour é uma mulher de extrema importância para a dança do ventre e o tribal. Antes dela, a dança do ventre era algo bem informal, aparecia em filmes como uma forma de entretenimento feminino sempre tendo como foco a sensualidade e o charme da mulher direcionados para encantar o homem. Nomes como Little Egypt (que não era uma mulher, mas várias que dançavam essa dança exótica oriental e adotavam esse nome - ouçam a música Little Egypt do Elvis Presley e entendam a imagem que esse tipo de dançarina antes de Jamila) e Taheya Carioca eram as referências em dança do ventre. 


Jamila aprendeu sobre dança oriental através dos relatos de seu pai que, enquanto estava na marinha da Sicília (seus pais eram imigrantes vindos da Sicília), ficou em bases no EgitoSíria e Tunísia. Ele levava para casa gravações de música do oriente médio e também imitava o que via em termos de dança e circo por lá, e Jamila o copiava. Mais tarde, já adulta, Jamila se encantou com filmes onde a dança do ventre aparecia e com as bailarinas da Golden Era (entre elas, Taheya). Sua senhoria, uma egípcia chamada Sra. Takorian, percebeu seu interesse e talento e fez para ela roupas e deu-lhe a oportunidade de dançar e se apresentar.

Ao longo de sua vida Jamila absorveu diversas outras influências, desenvolvendo seu próprio método de dança do ventre; método esse que ela catalogou em seu manual, o primeiro documento sobre a dança do ventre como a conhecemos hoje. Pela primeira vez tivemos nomenclatura de movimentos (ex: maia e queda turca) e uma definição de como eram feitos. 

Jamila, sistematizando a dança do ventre, transformou-a em uma arte passível de estudo e investigação, e tornou os movimentos replicáveis e aperfeiçoáveis. 
Esse manual foi revisado por sua filha Suhaila e até hoje é comercializado.

Jamila deu o primeiro passo na direção da conquista da dança do ventre pelas mulheres no Ocidente, para que esta deixasse de ser apenas entretenimento masculino e se tornasse uma ferramenta de expressão artística.


"Little Egypt"
I went and bought myself a ticket
And I sat down in the very first row
They pulled the curtain
But then when they turned the spotlight way down low
Little Egypt came out a-struttin'
Wearin' nothin' but a button and a bow

Singing, ying-ying, ying-ying
Ying-ying, ying-ying

She had a ruby on her tummy
And a diamond big as Texas on her toe
She let her hair down
And she did the hoochie-coochie real slow
When she did her special number on the zebra skin
I thought she'd stop the show

Singing, ying-ying, ying-ying
Ying-ying, ying-ying

She did her triple somersault and when she hit the ground
She winked at the audience and then she turned around
She had a picture of a cowboy tattooed on her spine
Said, Phoenix, Arizona 1949

Yeah, but let me tell you people
Little Egypt doesn't dance there anymore
She's too busy mopping
And a-takin' care of shopping at the store
'Cause we've got seven kids
And all day long they crawl around the floor

Singing ying-ying, ying-ying
Ying-ying, ying-ying

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