26 de outubro de 2017

Mulheres contemporâneas, uni-vos! Somos os pilares de nossa dança.

Olá, mundo tribal.

O ATS@ sendo apresentado ao Círculo de Mulheres
Retornei de um encontro fantástico neste fim de semana em São Paulo, em sua 4ª edição o Encontro Mundial de Círculo de Mulheres abriu suas portas ao ATS@. Experiência impactante, ainda estou me recuperando, por assim dizer...

Independente de nossas crenças pessoais é óbvio para todas que sentimos falta de vivermos em harmonia, correto?! Que há uma lacuna a ser preenchida em nossos corações e alma! De fato, muitas de nós encaramos a pessoa ao lado como rival, alguém a ser superada,... desconfiança eis a mola propulsora.

Sou uma pessoa naturalmente desconfiada (então busco não julgar), sei a natureza deste sentimento, veio de minha "menina ferida" (que perdeu o pai, vítima de um câncer)... passei a me observar e ver como trabalhar esse sentimento e suas repercussões em minha vida. Ainda não é um movimento natural, mas me vigio constantemente para permitir que a cura aconteça e a confiança se estabeleça, nem o código penal tem como premissa que todos são culpados, por que eu agiria instintivamente assim?

Encontrei a dança como viés de tratamento, muito caminhei neste sentido, mas há muito o que fazer então dar abrangência e tornar nosso espaço de dança um local SEGURO, de cura, reencontros, acolhimento e funcional me parece ser a solução para nossa solidão, desconfiança, processos traumáticos...tal tal tal... 

Pacotes avulsos, diários e completos.
A dança cura, mas também causa traumas, depende da abordagem e do meio! Dançamos desde tempos imemoriais. Dançávamos celebrando os ciclos da vida (nascimento e morte), reverenciávamos o sagrado (nossa essência sagrada, nossos ventres), o profano.... então BUM, perdemos o caminho de migalhas deixado por nossas ancestrais e ficamos como os Zumbis daquele seriado, "Walking Dead"... O que estamos fazendo, para que e por que?

Subimos num palco com medo do JULGAMENTO, a mulher ao lado aponta o dedo, a seguinte ri da nossa barriga ou peitos reverenciando a terra (como diz graciosamente minha mãe), competimos de diversas formas e intensidades. ONDE ISTO NOS LEVA? A um dolorido processo de isolamento, má-água... e em níveis mais profundos e graves, abandonamos a dança, por fim esquecemos quem somos.

Em alguns meses ocorrerá o Festival Internacional Pilares do Tribal e independente de crenças, religião... promoveremos um encontro onde uma unica TRIBO seja vista, sentida e compartilhada, somos os PILARES(eu, você, todas nós) deste movimento de retorno a nossa essência sagrada. É fundamental esse partilhar sem receios atávicos, medos... estar ABERTA a ser acolhida. Você está?

VOCÊ ESTÁ???

VAMOS VIVENCIAR A DANÇA COMO CURA, COMO DESPIR DE AMARRAS E CONCEITOS PATRIARCAIS... ESSA É A PEGADA DO FESTIVAL PILARES DO TRIBAL. VIVER A TRIBO!!! LEMBRAR DO QUE SENTIMOS TANTA FALTA: O COLETIVO, O SEGURO, A IRMANDADE.

Wendy e Melody, duas pessoas que amo

Escolhi a Wendy para dividir conosco por "n" motivos, mas o principal e fundamental é que Ruby Star compartilha sem filtros todo seu conhecimento com quem tem a dádiva de estar com ela em sala de aula. Perfeita em suas imperfeições se apresenta descabelada, sem maquiagem e nos faz ver que  NÃO TEMOS QUE SER PERFEITAS PARA SERMOS AMADAS.

Wendy me fascina de diversas formas!
Permita-se este momento de compartilhar, o Pilares aguarda você com um círculo de mulheres que buscam autoconhecimento e cura, nada mais curador que dançar sem preocupações.

Vamos fluir!

Uma só tribo e um só pulsante, com Carla Brasil - reencontro
Inscrições abertas: festivalpilares@gmail.com
Pacotes completos, diários e avulsos.

A tribo espera você!
ATS@ nas veias do pulsante.
Xeros tribais.

23 de outubro de 2017

O feminino e seus diversos padrões

Neste fim de semana, 21 e 22 outubro ocorreu o 4º Encontro Mundial de Círculo de Mulheres.

Onde há a relação entre o Sagrado Feminino, Círculo de Mulheres a a dança tribal, mais especificamente o ATS®? Convido a uma viagem, prontas(os)?

Ano passado estávamos sediando o Festival Pilares Internacional, Kae Montgomery sem visto (embaixada em greve) e nós da organização em surto, buscando soluções, calma e paz para seguir, fui para o 3º Encontro Mundial de Círculo de Mulheres onde me deparei com 13 Sacerdotisas guiadas por Mirella Faur invocando a Sra. Hécate. BUM!!! Meu cérebro parou de receber ar, fiquei em suspensão, paralisei... algo antigo e profundo me invadiu e nada, nunca mais seria o mesmo. Fui embora do evento com o sentimento de gratidão e CHAMADO, fui convocada a seguir meu caminho, me perdi, me achei, surtei e agora estou mais equilibrada. Encontrei respostas e mais perguntas vieram substituindo as anteriores... assim é o autoconhecimento e o saber, sempre cavamos mais fundo. (*Kae, após um intenso período de pedidos e súplicas a Sra Hécate, conseguiu um visto em meio a greve de todas embaixadas brasileiras ao redor do mundo, e virei devota e grata a Sra das Encruzilhadas para todo o sempre).

Este ano, não somente iria ao encontro (me reenergizar), mas para minha honra (máxima honra) fui convidada, por Soraya Mariani, a conduzir uma oficina, então o desespero; o que levar para um lugar onde todas sabem muito??? Sra Hécate me ilumine!!!...(Assim foi) VAMOS LEVAR A TRIBO!!!

Começamos a jornada deste lindo evento com "Enas Mythos" (focalização de Soraya Mariani) chamando essa ancestralidade e ditando como seriam os próximos 2 dias. Animais de Poder foram despertos, cobras, lobas, lagartos, pássaros, peixes, todos convocados a nos ancorar.  Meditações dos 4 elementos com Xanupa e a medicina do tabaco, com minha querida amiga Luana Almeira e Carina Biancardi.  


Dançando com seu animal de poder (Oficina de Mariana Mourão)
Entramos em contato com o antigo que nos habita, o sacro, o feminino, aquela que lemos nos livros e ansiamos em CÓLERA reviver, porque nossas células reconhecem nossos "xeros" e sabores. Minha cobra verde de cura foi chamada e nos integramos em um só ser, os bichos soltos no ambiente, tambores poderosos de Mariana Mourão e as irmãs das 4 direções ditavam o compasso de nossos corações (acelerados em frenesi).


Mariana Mourão





Abençoadas somos por nos permitir viver nossa ancestralidade, o atávico e o sacro. Afinal, é um se jogar muitas vezes sem saber ao certo onde a jornada nos levará e o melhor sem paraquedas que é para dar aquele frio na barriga.




Tum-tum, tum-tum, tum-tum, tum-tum 
A melodia xamânica trazida pelos tambores de cura do Grupo Pulsar da Terra.



Hora de desacelerar e ouvir, a "contação" de história, tal qual nossas ancestrais faziam para nos ensinar sobre nós mesmas e aquelas que nos precederam. A jornada feminina na História, com Bia Del Picchia e Cristina Balieiro, emoção, lágrimas em revivermos casos como de Maria da Penha, A-ha!!!! Livro disponível e necessário.




Novamente somos conclamadas a olhar nossa essência SELVAGEM, agora com o Yoga Dance e Fernanda Cunha, u-huuuu...dançamos, pulamos, gritamos e passamos a cheirar nossa essência selvagem. 

Sim, sim eu digo SIM a essa mulher que me habita!!!




Então, aquietamos os espíritos coléricos e nos voltamos ao centro do nosso caldeirão seguimos atentas as nossas VULNERABILIDADES, proposta da comadre Raquel Anwar. Mulheres de poder não deixam de ser poderosas por terem fraquezas, olhar situações traumatizantes, concilia-las em nossas mentes e corações, sobretudo saber que somos LUZ e SOMBRAS é imprescindível e parte do processo de CURA.




Maria Badulaques
Então, o ATS®... mas não só ele! 

Levamos aromaterapia (com a parceria de Luana Almeida).

Benzição com a anciã Sandra Carvalho, histórias de vovó, varinha de condão e o rezo para benzer a amiga, consagrando assim umas as outras. Assim falei!!!

aromaterapia
Nossas pinturas tribais, assim o Mandacaru Tribal integrou todos elementos que nos permitem identificar a TRIBO. 

Um só pulsante ecoando em todos corações, ao som agora dos Snujs. O aroma deu o tom, tintura preparada pela Luana com tanto zelo e carinho, o mel da alegria chamou as abelhinhas que voaram para se lambuzar e as palavras de Sandra inundaram o ambiente com a sabedoria da anciã. Orgulho, me dei conta! Eu sou benzedeira, filha e neta de benzedeira. 

Sandra Carvalho - mulher da terra


Luana Almeida

 Tribo, comadres, irmãs... assim me vi, em meio a tantas mulheres maravilhosas, corajosas, que já foram cinzas em fogueiras do patriarcado e hoje são LUZ (e sombras). Se olham e reconhecem. 

Honro esse caminhar, honradas somos por sairmos de nossos casulos e garimparmos RESPOSTAS.



Mandacaru Tribal, Carla Brasil, um só ventre e um só coração.



"Mãe que eu saiba honrar o ventre de um onde eu vim, o ventre onde estou e o ventre que há em mim"


  


Auriel e o Xale mais desejado de todos.
A doçura carioca de Auriel dos Anjos trás a força do quartzo rosa e o carinho de presenteá-lo a cada uma de nós. 

Para sermos prósperas, acredito que devemos ser generosas. A próspera é aquela que abundantemente compartilha,  ato diário de dar e receber, o Universo contribui reverberando, afinal não é contável, trata-se de qualidade e não quantidade.

Fomos prósperas e generosas nos doamos em tudo, inclusive em carinhos quentes levados ao coração e memórias de todas presentes. Agenda, vidrinhos das 13 avos, amuletos de poder, cristais, spray de relacionamento... além de todo amor inalado e pureza expirada. 

Eis que o recinto é invadido pela Bruxona Patricia Ramos , EMPODERAMENTO FEMININO (me arrepio - compartilhamos alguma fogueira por aí)

Patricia Ramos

Fibra!!! Empoderamento!!! A-haaaaa.... e bruxarias, óbvio. Amuleto de poder para todas irmãs (o meu já está no colo da sra. Hécate), mulher que arrepia sem abrir a boca, abrindo aí ...bem, comparece em 2018 e saberá. 

Daí, aparece uma nordestina? Não, não uma gaúcha (rapaz, como são parecidas essas duas culturas). Cler Barbiero e as Sombras nos Grupos e Círculos de Mulheres. 

Respiração suspensa, escuta, processa e executa: "o amor não é para ser mole. Amar firme" Uau, e não é mesmo?!

Para com Mi-mi-mi, mulher!!!! Amar firme!!!

Quer mais?! Leia o livro de Cler, "A sombra  nos grupos e círculos de mulheres". Puxa vida, como demorei para entender o valor do meu trabalho, saber que cobrar por ele é parte do processo e dar o valor justo é natural, mais que natural... é necessário para que a qualidade do que todas nós oferecemos seja mantida. 
Cler, gratidão!!! Gratidão, por lembrar a todas o valor que temos!

Pat Cuocolo


Neste mesmo caminhar... de olharmos nossas sombras, Pat Cuocolo suscita a necessidade de revisitarmos relações tóxicas, com nossas mães. Quem disse que vamos a um encontro deste somente para purpurinar?! Não, vamos para INTEGRAR e o processo não deve ser indolor, há que se ter coragem de olhar de frente aquilo que machuca, inclusive nas pessoas que mais amamos (nossas mães) e redefinirmos para seguir de maneira mais fluída, feliz e curada. Reconhecer e mudar aquilo que for necessário.

Trabalho de Suindara Ribeiro

Vem os momentos de calma e tranquilidade? Nãooo, vem a emoção em forma de rimas e sons que nos remetem a casa da avó, Suindara Ribeiro, As 13 avós e nossas avós, tantas lágrimas lavaram o recinto. Um lindo tecido fluído colocado ao centro da roda e meninas fluindo por baixo como quem brinca numa nuvem de algodão doce. Assim senti.


Vó Marina invoquei a ti e a minha bisa Rosa!
Saudade eterna.


Carla Brasil


Recompomos um pouco, sorrisos e lágrimas, emoção, emoção... adentra Carla Brasil com o Desperta da Mulher Selvagem, 
La Loba...invocada!!!!
5 sentidos, uivemos. Saiu o bando de lobas, a alcateia tá solta...
Corre, pula, uiva, fareja, sente, sente sente....auuuuuuuuuuuuuuuu
Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu (mas agora com saber do poder que o uivo suscita)
TRIBO unida, ligadas pelo olhar, tato, olfato, paladar e o SENTIR.

T R I B O


O coração reconhece aquilo que lhe é aprazível, revejo Ana Cecilia Nasi, com o terço do amor e a Jornada da Mulher Triluna, ciganas... mães e bruxas, Hécate...Hécate...Hécate!!!!!!!, recados e intuições....sorrisos bruxescos.... 


Aahahaahahahahahaahahahahahaahah, a bruxa solta no ambiente e os pêlos da nuca arrepiam.

Amar eu sou, amar eu sou, amar eu sou, 
AMAR EU SOU!!! (te amo, Ana)




Clau Sbano chega com cânticos, tambor e o convite a um Despertar consciente da Sacralidade Feminina, assim parimos nossos sonhos e ajudamos nossa irmã a parir o dela. Geramos, há algo mais sagrado?! E manutenimos a vida através de nosso próprio corpo.

Diz o axioma Persa "as rosas não são deste planeta, então ao morrerem, voltam para sua casa". Nós mulheres também não somos, então voltamos para o ventre da Grande Mãe.

Rosas Brancas para todas irmãs 
Luciana Magalhães e Gabi Raio de Luz harmonizaram nossa relação com as mães, vejam, observem e sintam o poder e a importância da relação com essas mulheres poderosas, revisitamos em diversos contextos tive o prazer e o presente de estar com minha mãe neste momento. Gratidão, Universo.

Rosas Brancas coroaram esse momento de olhos nos olhos, palavras não ditas mas tanto sentimento sendo acolhido.


  


Tali Kailash e seu tacho de ervas curadoras! Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo para ser semeadoooo, quanto amor senti automaticamente!!! Ervas, ervas...ervas, não só cultivamos em casa como as tenho em vidrinhos chamados óleos essenciais. Abençoadas sejam as ervas que nos curam e mostram saberes ancestrais. Tali trouxe os benefícios da vaporização do útero, quem já fez sabe como é delicioso e curativo.



Myrhiam Conde, Lilian Kimura e Ivete Saab lindamente teceram junto a todas comadres tranças de sonhos e aspirações e assim Resgatamos as Comadres que nos amparam durante esse caminhar. Tecemos e nos reconhecemos, assim somos... seres coletivos e mágicos.







O corpo foi exigido, a alma foi acariciada, as memórias revividas e para tanto gasto de energia demandamos alimentos, correto?


Fátima (011) 94383 2015
 Fátima é refugiada da Síria, veio para o Brasil com seus filhos tentar um novo começo... tantas delícias nos ofereceu com amor, muito amor, comemos esses dias basicamente AMOR!!!

Sempre com um sorriso no rosto e a timidez típica de mulheres que já viveram e viram coisas que não deveríamos saber existir... Fátima se reconciliou com algo sagrado para ela, a dança.


Estava em meio a Oficina de ATS® qdo a vi no cantinho dançando timidamente, fui me integrar... ela veio trazida pelo som dos SNUJS (instrumento que segundo Marina, minha filhota, trás as Fadas para perto de nós). Bem, Fátima foi trazida pelo tilintar do ta-ka-ta...e voltou diversas vezes para dançar em diversos outros momentos, após 7 anos sem movimentos que despertam a alma e feminilidade. Quanta emoção nos invadiu!!!



Fátima vive de sua arte culinária, sustenta a si mesmo e seus filhos. Segue o contato para todas que quiserem e puderem convida-la a seu evento, a irmandade deve ser exercida por todos. SORORIDADE.

*Fátima (011) 94383 2015

SORAYA, vivemos dias lindos, incríveis e de puro resgate do SAGRADO QUE NOS HABITA!!! Olhe, veja, perceba quanto você possibilitou a todas nós em termos de cura, constelações de temas doloridos, contações de histórias, benzimentos, dança, jornadas... EMOÇÕES. Sobretudo, todas observamos os seres DIVINOS e CAPAZES que somos!!! 

Encarar e lidar com nossos medos, sim...claro, porém ACEITAR NOSSO EMPODERAMENTO eis o desafio. Aceitar ajuda na caminhada, quão digno é saber pedir e aceitar ajuda. Linda foi a sua tribo composta por duas mulheres maravilhosas, Luma e Mariana, acolhedoras, ancoradoras e totalmente dedicadas a receber e nutrir todas nós.


O evento leva um adjetivo que resume (resume??? impossível), explica e norteia; 

                             TE-SU-DAL!!!

Orgasmos em foma de sorrisos, múltiplos e coletivos!!!






EU SOU MARIA, filha de Sandra, neta de Marina e bisneta de Rosa, mãe de Rodrigo e Marina. Eu sou mulher benzedeira, arte que via minha avó desenvolver e minha mãe continuar, uso minha varinha de condão (plimplim - dedinho mágico que minha mãe ensinou a não apontar), sou mulher medicina e minha cura é a DANÇA, a aromaterapia, os tambores, os snujs SOBRETUDO



AS MULHERES QUE CAMINHAM COMIGO.

AHA.

Opa, e a pergunta inicial?
Encontrou sua resposta?

ÓTIMO....vamos integrar nossas tribos?! Dança e o Sagrado Feminino ladeadas para ancorar nossa cura. Lililililiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii